terça-feira, 22 de abril de 2014

desafios da semana 8

DESAFIOS SEMANA 8

1)      QUAIS AS PRINCIPAIS ESTRELAS DA CONSTELAÇÃO DE ÓRION?




2)      COMO OCORRE UM ECLIPSE LUNAR?





3)      PORQUE A DIFERENÇA ENTRE PLANETA E PLANETA ANÃO?

Imagem da galáxia Andrômeda



acesso em: http://tudoparaum.wordpress.com/2012/02/

terça-feira, 15 de abril de 2014

Princípios básicos para a interpretação de
Imagens de Satélite Meteorológicos

1. Introdução
As observações ambientais vem sendo realizadas desde 1960, quando foi lançado pelos E.U.A. o satélite ambiental TIROS-1 (Television and Infrared Observation Satellite), destinado a coletar informações sobre a atmosfera terrestre. Entende-se por satélite ambiental qualquer satélite que forneça dados do planeta Terra.

Esses satélites observam a Terra a partir de dois tipos principais de órbita:
1.1. Órbita quase polar heliossíncrona: Órbita quase polar, quase circular, com altura variando entre 800 a 1200km. A combinação do movimento do satélite com o movimento de rotação da Terra permite a obtenção de faixas com dados de satélite com larguras de até 3000km; a altitude ou a inclinação da órbita podem ser combinadas de modo que o movimento do satélite seja heliossíncrono (o satélite passa numa dada posição geográfica sempre na mesma hora solar local, ou seja, as observações são sempre feitas nas mesmas condições de iluminação solar) e de modo a fornecer uma cobertura global a cada 12 horas.
1.2. Órbita geossíncrona ou geoestacionária: Órbita na qual o satélite fica parado em relação à Terra, ou seja, seu movimento a uma altura aproximada de 36000km é síncrono com o movimento de rotação da Terra; isto permite o monitoramento quase contínuo do disco planetário voltado para o satélite.
2. Fundamentos do sensoriamento remoto
O sensoriamento remoto fundamenta-se na propagação de radiação eletromagnética (*) em forma de ondas e sua interação com alvos naturais (nuvens, superfícies continentais e oceânicas, aerossóis etc...). Os sinais que atingem um sensor a bordo de um satélite são de caráter eletromagnético.
O espectro eletromagnético compreende uma vasta gama de comprimentos de onda, classificadas por região: raios gama, raios X, ultravioleta, visível, infravermelho, microondas, e ondas de rádio.

(*)radiação eletromagnética: forma de energia que se propaga através do espaço.

Para a compreensão da técnica de sensoriamento remoto é fundamental que se conheça as principais características dos espectros de emissão do Sol e da Terra: A principal fonte de energia para os fenômenos que ocorrem em nosso planeta é a radiação solar (ou radiação de ondas curtas). Esta é concentrada principalmente na região do visível (entre cerca de 0.4 a 0.7µm). Ao interagir com o sistema Terra-atmosfera, a radiação solar sofre uma série de transformações sendo então reemitida para o espaço na forma de radiação terrestre (ou radiação de ondas longas). Concentra-se principalmente no infravermelho termal (entre cerca de 4 a 100µm).
3. Características das imagens do visível e do infra-vermelho
3.1. Visível (VIS): imagem do visível é resultado da reflexão da radiação solar, pelas nuvens e pela superfície da Terra. O brilho neste tipo de imagem é uma indicação do albedo (*) dos alvos: tons claros representam área de alto albedo e tons mais escuros representam áreas de baixo albedo. O brilho de uma nuvem, conforme vista do espaço, é afetada pela posição angular da nuvem em relação ao sensor e ao Sol, na hora da observação e pela refletividade da própria nuvem . A refletividade , por sua vez, está relacionada com a profundidade da nuvem, distribuição e tamanho das gotas, composição (gotas de água ou gelo) e conteúdo de água líquida.

(*) albedo: é a porcentagem da radiação solar refletida.

3.2. Infravermelho (IR): Os sensores de radiação infravermelho medem a energia emitida pela superfície e pela atmosfera da Terra. A quantidade de energia emitida depende da temperatura da fonte radiativa. Na imagem do infravermelho, por convenção, tons claros representam áreas frias e tons escuros representam áreas quentes.
4. Base para interpretação de imagens:
Em geral as medidas dos satélites são indiretas e requerem interpretação. Não é uma técnica auto-suficiente, isto é, não elimina a necessidade de outros tipos de dados. A interpretação de imagens segue um processo intuitivo. Este processo é baseado em três aspectos de interpretação:
4.1. Variações no campo espectral: Neste aspecto devemos considerar que tudo que conseguimos distinguir em uma imagem visível ou infravermelha decorre de variações do campo espectral das várias superfícies presentes (nuvens, solo,água). Devemos raciocinar associando qualquer superfície em uma imagem com a energia que dela provém; ou seja, temos que pensar em níveis de energia refletida (VIS) ou emitida (IV).

Assim uma imagem do visível deve ser interpretada da seguinte maneira:

A) A imagem visível representa radiação refletida em uma faixa do espectro que nossos olhos podem captar.
B) Se a cor é branca, e a intensidade é forte, então a superfície reflete muita radiação (Esta superfície deve então ser ou uma nuvem densa, ou neve como por exemplo).

Para a imagem do infra vermelho:

A) A imagem infravermelha representa radiação emitida em uma faixa do espectro que nossos olhos não podem captar.
B) Se a cor é cinza escuro, então a superfície emite pouca radiação por estar relativamente quente (Esta superfície deve ser então uma nuvem baixa como por exemplo).
4.2. Variações do campo espacial: Por variações no campo espacial em uma imagem visível ou infravermelha, entende-se as diferentes características geométricas que auxiliam na identificação das várias superfícies como forma, tamanho, textura, padrão característico e localização geográfica. Uma nuvem cumulonimbus ativa e isolada apresenta uma forma típica de uma "pipoca estourada". Ao fazermos esta inferência estamos levando em conta a forma, o tamanho, a textura e certamente a experiência prévia no seu reconhecimento.
Quando em regiões costeiras de uma imagem identificamos nuvens resultantes da brisa marítima, estamos automaticamente utilizando a localização geográfica das nuvens como um elemento para explicar sua formação e localização.
No caso de padrões específicos, a presença de ciclones (centros de baixa pressão) com nuvens dispostas em espiral, é um exemplo de padrão que passa a se tornar facilmente identificavel à medida que se adquire experiência.
A análise do campo espacial é sempre feita em conjunto com a espectral.
4.3. Variações do campo temporal: Este aspecto da interpretação leva em conta variações que ocorrem no decorrer do tempo. Com elas acompanhamos a formação e dissipação de sistemas convectivos, o avanço de uma frente fria, a penetração de uma brisa marítima entre outros fenômenos meteorológicos.
5.Tratamento digital básico:
A área de tratamento digital de imagens encontra-se em franco desenvolvimento de modo que a cada dia aparecem novas metodologias destinadas a auxiliar o tratamento e interpretação de dados de sensoriamento remoto. Algumas dessas técnicas foram consagradas pelo uso e implementadas em caráter operacional.
5.1. Animação: Esta técnica é bastante utilizada no monitoramento de sistemas meteorológicos e consiste em visualizar, no monitor de vídeo, uma sequência temporal das imagens quadro a quadro, pelo processo de animação convencional. O intervalo de tempo é ditado pela resolução espacial e escala dos fenômenos a serem analizados . Imagens de satélite normalmente exibem nuvens que se movem em relação à Terra.
5.2. Zoom (ampliação): A técnica de ampliação de setores da imagem é o recurso utilizado quando se busca um maior detalhamento do fenômeno meteorológico de interesse. Isto é particularmente importante quando a imagem completa não pode ser visualizada com resolução espacial plena, em vista das limitações da resolução do monitor de vídeo. Neste caso, setoriza-se a imagem, escolhendo-se áreas menores de modo a maximizar a resolução espacial.
5.3. Técnicas de realce: Esta é uma técnica utilizada para aumentar o contraste e a nitidez de uma imagem com a finalidade de facilitar a interpretação. Cada elemento na imagem digital possui um numero (count) ao qual pode ser atribuido uma tonalidade de cinza ou uma cor, correspondente às radiâncias medidas. Realce é um ajuste no nível de cinza (ou cor) que produz uma imagem digital com os níveis de cinza (ou cores) alterados conforme alguma regra pré-estabelecida. Técnicas de realce podem ser utilizadas para a identificação de atividade convectiva severa.
6. Características principais das imagens Infravermelho divulgadas pelo IPMet
Fonte: INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Satélite: GOES 8

Resolução espacial: 10,14 x 13,29 km

Resolução radiométrica: 4 bits (16 níveis)

Resolução temporal mínima: 3 horas




Qual é a maior estrela do Universo?

Qual é a maior estrela do Universo?

por Manoel Schlindwein | Edição 70
A maior estrela conhecida do Universo é a VY Canis Majoris, também conhecida como VY Cma, que fica a 5 mil anos-luz da Terra e tem 2,9 bilhões de quilômetros de diâmetro, porte 1 800 a 2 100 vezes maior que o do Sol. O diâmetro da superstar equivale a nove vezes a distância da Terra ao Sol! Mas pode haver astros ainda maiores, já que hoje se conhecem "apenas" 70 septilhões de estrelas no Universo. A VY Canis Majoris fica na constelação de Cão Maior, na Via Láctea, e ganhou o nome da mitologia grega. A constelação representava o cachorro de Órion, o caçador gigante. Apesar do tamanho descomunal da Cma, não é possível vê-la da Terra - ela está morrendo e despejando parte de sua massa em uma nebulosa que encobre nossa visão. O posto de vice-campeã vai para a VV Cephei, com diâmetro de 1 600 a 1 900 sóis. "Os valores variam porque os dados são coletados a partir de aproximações e comparações, são sempre cálculos indiretos", explica Augusto Damineli, professor do Instituto de Astronomia e Geofísica da USP. No quesito peso, a vencedora é a Eta Carinae, 150 vezes mais pesada do que o Sol (1,9891 x 1030 quilos do Sol, contra 298,365 x 1030 quilos de Eta Carinae). Tamanho nem sempre significa brilho - a mais brilhante daqui da Terra é o Sol - nem luminosidade - em que a LBV 1806-20 é campeã. O brilho está relacionado àquilo que podemos observar aqui da Terra; e a luminosidade é o brilho de fato, como se as estrelas fossem colocadas lado a lado e pudéssemos comparar sua intensidade. Depois do Sol, a estrela mais brilhante para nós é a Sirius, distante 8,57 anos-luz.


qual-e-a-maior-estrela-do-universo

Calçada da fama estelar Comparado com as maiores estrelas em algumas categorias, o Sol perde o trono de astro rei Se o Sol fosse... - Uma bolinha de tênis
A maior estrela da categoria seria... - Um campo de futebol
TAMANHO
VY CANIS MAJORIS - 2 100 vezes maior que o Sol
DIÂMETRO - 3 bilhões de quilômetros
ONDE FICA - Constelação de Cão Maior
Se o Sol fosse... - Um homem de 85 kg
A maior estrela da categoria seria... - Dois elefantes africanos
PESO
ETA CARINAE - 150 vezes mais pesada que o Sol
PESO - 298,365 x 1030 quilos
ONDE FICA - Constelação de Carina
Se o Sol fosse... - Uma lâmpada
A maior estrela da categoria seria... - Três vezes o show de luzes da Fremont Street, em Las Vegas
LUMINOSIDADE
LBV 1806-20 - 38 milhões de vezes mais brilhante que o Sol
LUMINOSIDADE - 38 milhões de unidades
ONDE FICA - Constelação de Sagitário
Se o Sol fosse... - Um passo distante da terra...
A maior estrela da categoria seria... - ... a outra estrela mais próxima da terra estaria a 90 km de nós
PROXIMIDADE DA TERRA
PRÓXIMA CENTAURO - 4,2 anos-luz
SOL - 8 minutos-luz
ONDE FICA - Constelação de Centauro

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-a-maior-estrela-do-universo

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Eclipse lunar

Imagens da Lua de Sangue ( eclipse lunar )


A "lua de sangue"

Em raras ocasiões, a luz que atinge a Lua é exatamente da cor do sangue, mas é impossível prever com antecedência. Portanto, não há motivo algum para chamar qualquer eclipse lunar de Lua de sangue, a não ser que este já tenha acontecido e sua cor realmente tenha sido de sangue.
Como a órbita da Lua é ligeiramente inclinada em relação à trajetória do Sol no céu, na maioria das vezes a Lua passa acima ou abaixo da sombra da Terra, e não acontece um eclipse. Às vezes, a Lua passa pela penumbra e produz o que é chamado de eclipse penumbral, que é quando a Lua ganha um tom levemente sombreado que é até difícil de se notar alguma diferença. Tivemos dois eclipses de penumbra em 2013, um no dia 25 de maio e outro no dia 18 de outubro.

Às vezes a Lua passa um pouco pela sombra central, e produz um eclipse lunar parcial. Um deles ocorreu no ano passado, no dia 25 de abril.

O mais raro de todos os eclipses lunares são aqueles em que a Lua passa completamente pela parte mais escura da sombra, um verdadeiro eclipse lunar total. O último eclipse lunar total aconteceu no dia 10 de dezembro de 2011.

Quatro Luas de Sangue: A tétrade de eclipses lunares

O que é incomum sobre o eclipse lunar deste mês é que ele é o primeiro de uma série de quatro eclipses lunares totais que acontecerão um seguido do outro. Chamado de tétrade, essa série de quatro eclipses totais seguidos é um evento muito raro. A última série de eclipses como essa aconteceu nos anos de 2003 e 2004, e só vão ocorrer mais sete desses no século atual.

Ainda existem muitas pessoas supersticiosas no mundo. O livro " Quatro Luas de Sangue : Algo está prestes a mudar ", publicado em 2013 por John Hagee, sugere uma ligação entre a nova tétrade eclipse lunar total com a profecia bíblica sobre o fim dos tempos.
Em um passado remoto, quando não havia um bom entendimento dos eclipses, eles eram vistos como presságio de desastres, assim como os cometas. Nos dias atuais, sabemos que estes são apenas eventos normais do relógio do Sistema Solar, e que já acontecem há bilhões de anos, e continuarão a acontecer nos anos futuros.

Apesar disso, um eclipse lunar total é algo realmente maravilhoso de se observar. O primeiro eclipse da tétrade acontece no próximo dia 15 de abril, o segundo no dia 8 de outubro, o terceiro no dia 4 de abril de 2015 e o quarto no dia 28 de setembro de 2015.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A EXPLORAÇÃO DO SISTEMA SOLAR POR MEIO DE SONDAS

A EXPLORAÇÃO DO SISTEMA SOLAR POR MEIO DE SONDAS.

Voyager.jpg
Voyager 1 é uma sonda espacial que em 21 de Janeiro de 2005 completou dez mil dias de atividade, desde que foi lançada em 5 de Setembro de 1977 pela NASA. Inserida no programa Voyager que previa o desenvolvimento de duas sondas de exploração inter-planetária (Voyager 1 e 2), tinha como objetivo a realização de um Grand Tour aproveitando o posicionamento favorável dos gigantes gasosos do sistema solar. Originalmente, porém, o Grand Tour foi desenhado para permitir visitas a apenas Júpiter e Saturno.




A Voyager 1, apesar de ter sido lançada para a sua missão após a Voyager 2, seguiu uma trajetória mais favorável atingindo o seu ponto mais próximo de Júpiter em 5 de Março de 1979, após o qual deu início a uma nova trajetória para interseção do sistema de Saturno ao qual chegou no dia 12 de Novembro de 1980. Esta trajetória mais rápida e desenhada de forma a permitir uma posição mais favorável à observação de Io e de Titã não permitiu à sonda a continuação da missão em direção a Urano e/ou Netuno. Assim, a Voyager 1, seguiu uma trajetória que a levaria a sair do sistema solar numa direção oposta à da sonda Pioneer 10.



Ao longo da sua missão científica, a Voyager 1 permitiu o desenvolvimento do nosso conhecimento dos sistemas de Júpiter (obtendo mais de 19.000 imagens de Júpiter e dos seus satélites) e Saturno através do envio de imagens de elevada qualidade e de outras informações obtidas através dos variados instrumentos instalados na sua plataforma. Descobriu três satélites em Saturno: Atlas, Prometeu e Pandora. Após a sua missão planetária, a Voyager 1 iniciou a fase de exploração das fronteiras do sistema solar denominada Voyager Interstellar Mission ou VIM que propõe o estudo da heliosfera e da heliopausa. Espera-se, assim, que a Voyager 1 seja o primeiro instrumento humano a estudar o meio interestelar. No entanto, e devido a cortes orçamentais, em 2005 a continuidade de missão não se encontra garantida.



A par da sua gêmea, a Voyager 2, lançada duas semanas antes, a 20 de Agosto, a Voyager 1 possui um detector de raios cósmicos, um magnetômetro, um detector de ondas de plasma, e um detector de partículas de baixa energia, todos ainda operacionais. Para além destes equipamentos, possui um espectrômetro de ondas ultravioleta e um detector de ventos solares, já inoperacional. Para além deste equipamento, as duas sondas carregam consigo um disco (e a respectiva agulha) de cobre revestido a ouro, contendo uma apresentação para outras civilizações, com 115 imagens (onde estão incluídas imagens do Cristo Redentor no Brasil, a Grande Muralha da China, pescadores portugueses, entre outras), 35 sons naturais (vento, pássaros, água, etc.) e saudações em 55 línguas, incluindo em língua portuguesa, feita por Portugal e pelo Brasil. Foram também incluídos excertos de música étnica, de obras de Beethoven e Mozart, e "Johnny B. Goode" de Chuck Berry. Atualmente, a Voyager 1 é o mais distante objeto feito pelo homem a partir da Terra, viajando fora do planeta e do Sol a uma velocidade relativamente mais rápida que qualquer outra sonda.[1]


Encontro com JúpiterVer também: Exploração de Júpiter


A Voyager 1 começou a fotografar Júpiter em janeiro de 1979. Sua aproximação máxima ao planeta aconteceu em 5 de março de 1979, a uma distância de cerca de 349 000 quilômetros do centro do planeta. Devido à maior resolução fotográfica permitida durante uma aproximação maior, a maioria das observações de luas, anéis, campos magnéticos e o cinturão de radiação do sistema de Júpiter foi feita durante um período de 48 horas durante a maior aproximação. A Voyager 1 terminou de fotografar o sistema de Júpiter em abril de 1979.



As duas sondas Voyager fizeram várias importantes descobertas sobre Júpiter, seus satélite, seu cinturão de radiação e seus anéis. A descoberta mais surpreendente no sistema de Júpiter foi a descoberta de atividade vulcânica em Io, que nunca tinha sido observado antes.
A Grande Mancha Vermelha, vista da Voyager 1.


Vista de fluxos de lava irradiando do vulcão Ra Patera em Io.
Falso detalhe da cor da atmosfera de Júpiter, fotografada pela Voyager 1.

Cratera Valhalla em Calisto. Imagem obtida pela Voyager 1 em 1979.







Encontro com SaturnoVer também: Exploração de Saturno


Depois do encontro com Júpiter, as duas Voyagers foram visitar Saturno e seu sistema de luas e anéis. O sobrevoo por Saturno da Voyager 1 aconteceu em novembro de 1980, com a aproximação máxima em 12 de novembro de 1980, quando a sonda chegou a 124 000 quilômetro das nuvens superiores de Saturno. As câmera da Voyager 1 detectaram estruturas complexas nos anéis de Saturno, e seus instrumentos de sensoriamento remoto estudaram a atmosfera de Saturno e de sua maior lua, Titã.

Ficheiro:Vg1 p23254 hires.jpg

Como a sonda Pioneer 11 tinha detectado um ano antes uma fina e gasosa atmosfera em Titã, os controladores da Voyager 1 decidiram que ela iria fazer uma aproximação a Titã. Essa trajetória com um sobrevoo próximo a Titã causou um desvio gravitacional que enviou a Voyager 1 para fora do plano da eclíptica, acabando com sua missão planetária. A Voyager 1 poderia ter seguido uma trajetória diferente, em que os efeitos gravitacionais de Saturno poderiam ter impulsionado ela em direção a Plutão. No entanto, isso não aconteceu, porque a outra trajetória que levava a um sobrevoo próximo a Titã tinha mais valor científico e menos risco.[2]



Imagem de Saturno fotografada pela Voyager 1 a partir de 5,3 milhões de quilômetros de distância, quatro dias após a sua maior aproximação.



Camadas de névoa que cobrem o satélite Titã de Saturno.


Anel F de Saturno fotografado pela Voyager 1

[editar] Estado atualEm 2005 a V

Voyager 1 percorreu mais de 14 bilhões de km (95 Unidades Astronômicas) e afasta-se de nós a uma velocidade de 17,2 km/s (ou 3,6 UA/ano). Os sinais enviados por ela (ou enviados para ela) demoram 760 minutos para chegarem até a Terra.



Atingiu, em 12 de agosto de 2006, uma distância de 100 unidades astronômicas do Sol, tornando-se o primeiro objeto construido pela mão do ser-humano a percorrer tal distância. Em 15 bilhões de quilômetros, está monitorando um espaço interestelar desconhecido pela humanidade. Estima-se que possa se libertar em breve da influência da gravidade do Sol, e em 2020 poderá perder a comunicação com a Terra.



Em Maio de 2010, a sonda encontrava-se a 113,3 UA no plano da constelação de Ofiúco.



Em torno de 14 mil anos ou mais, desde que nenhum choque físico com algum objeto externo (detritos ou outros fatores físicos) a comprometa, ela deverá emergir da Nuvem de Oort, lar dos cometas, muito além dos limites da Heliosfera, porém ainda considerada o limite extremo do Sistema Solar. Enfim, em torno de 40.000 anos, ela deve passar a 1,6 anos-luz da estrela AC+79 3888, da constelação da Girafa, que atualmente pertence a esta mas em 40.000 anos, estará na constelação de Ofiúco, seguindo na sua eterna rota pelo espaço sideral.



Em 13 de dezembro de 2010, depois de meses à espera da confirmação dos dados, a NASA anunciou que a Voyager 1, viajando a uma velocidade de 17 km/s, havia em junho deste ano alcançado a zona de heliopausa, tornando-se o primeiro artefato humano a chegar à fronteira do Sistema Solar. Nesta data, a nave espacial estava a aproximadamente 17,3 bilhões km (10,8 bilhões de milhas) de distância do Sol.[3] Atualmente, a Voyager 1 é o mais distante objeto feito pelo homem a partir da Terra, viajando fora do planeta e do Sol a uma velocidade relativamente mais rápida que qualquer outra sonda.[1]

http://donaluciaaescolaqueacontece.blogspot.com.br/2011/03/exploracao-do-sistema-solar-por-meio-de.html

Informações sobre o VLS Brasileiro

O projeto brasileiro sobre VLS


18 de agosto de 2013

Há dez anos, explosão parou projeto espacial

Há dez anos, o motorista Vilson Sérgio tem dificuldade de comemorar o aniversário. Na quinta-feira, quando fará 42 anos, vai lembrar do susto ao ouvir a explosão na Base Militar de Alcântara. O acidente, o pior da não muito longa história espacial brasileira, matou 21 engenheiros e técnicos, alguns conhecidos de Sérgio, que nas horas […]
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VLS tem novo atraso em projeto e fica para 2014

O projeto do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), sucessor do VLS, que pegou fogo em agosto de 2003, só será lançado em 2014. A meta do governo federal de um lançamento de teste neste ano não vai ser cumprida, em razão de atrasos no desenvolvimento do veículo. Especialistas do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia […]
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Governo questiona pensão a viúvas de acidente com foguete brasileiro

Tragédia que matou 21 pessoas completa dez anos em 22 de agosto. Famílias questionam valor recebido de indenização em 2003.   Dez anos após a tragédia na base de Alcântara, no Maranhão, que matou 21 pessoas durante a preparação para o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), as famílias das vítimas do acidente podem […]
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Celso Amorim anuncia para ‘muito breve’ a retomada dos voos do VLS

São José dos Campos (SP), 25/02/2013 – O Brasil retomará o projeto de lançamentos de satélites e microssatélites para “muito breve”. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, durante aula magna para 124 alunos aprovados no curso do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Segundo Amorim, “projetamos a retomada dos voos […]
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Brasil quer lançar satélite com foguete nacional até 2021

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Concluída montagem do VLS-1 na nova torre de lançamento

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Animação produzida pelo IAE do Lançamento do VLS-1
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Audiência define o futuro do programa espacial brasileiro Arthur Costa O Programa Espacial Brasileiro é tema de uma audiência pública na tarde de hoje na Câmara dos Deputados. A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática se reúne com entidades do ramo e sindicalistas para discutir a continuidade do programa e possíveis melhorias, entre […]
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Sete anos após o incêndio que matou 21 pessoas na base de Alcântara, Maranhão, finalmente a torre de lançamento do VLS-1, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro, está quase completa. Ela será inspecionada nesta quinta-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. O foguete, porém, só deve realizar um lançamento completo em 2015, quase […]
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Missão Centenário, o Brasil no espaço

Missão Centenário: O Brasil no Espaço
O site da USS Venture acompanhou toda a missão do astronauta brasileiro em seu primeiro vôo para o espaço, colocando nossa bandeira e nosso país nesta caminhada para o cosmos.  
Este momento especial não poderia ficar sem um registro deste site, para que as futuras gerações saibam que humanidade está em busca de sua identidade olhando para o espaço e para o futuro.

A bordo da nave russa o astronauta brasileiro, o tenente coronel Marcos Pontes, se viu na missão de sua vida e de todo um país. Talvez alguém possa dizer que temos problemas mais urgentes neste país a resolver que mandar alguém ao espaço. Porém se esquecem que o mundo atual é feito de ciência e tecnologia, se não buscarmos atingir uma meta tecnológica básica que permita um futuro digno ao nosso povo, continuaremos a ser aquele país agrícola de subsistência, colônia dos países tecnologicamente desenvolvidos.    
Esta artigo foi elaborado com reproduções de matérias, artigos e fotos veiculadas no meios de comunicação, principalmente da UOL e BBC, e em especial nos dados Agência Espacial Russa.
Cap. MDaniel
USS Venture NCC 71854

Missão Centenário: O Brasil no Espaço

     
   
Em 18 de Outubro de 2005, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) assinaram um acordo que possibilitou a realização da Missão Centenário, que levou o astronauta brasileiro Ten. Cel. Av. Marcos César Pontes à Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês).

A missão recebeu esse nome em homenagem ao centenário do vôo de Santos Dumont no primeiro engenho mais pesado que o ar, o 14 Bis. O vôo aconteceu nos céus da cidade de Campo de Bagatteli, em Paris, no dia 23 de outubro de 1906.

O vôo do astronauta brasileiro, foi realizado no dia 30 de março de 2006, no Centro de Lançamento de Baikonur (Cazaquistão), sendo feito na nave Soyuz. Além do brasileiro, viajaram o russo Pavel Vinogradov e o norte-americano Jeffrey Williams.

A missão durou 10 dias, dos quais oito aconteceram na ISS, onde foram realizados os experimentos. O astronauta pode levar 15 Kg de carga, incluindo os experimentos científicos, itens pessoais e institucionais.
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Os Experimentos Científicos

Pontes levou oito experimentos científicos que foram estudados em ambiente de microgravidade. Dos estudos que foram ao espaço, seis são de instituições de pesquisa brasileiras e dois de escolas do ensino fundamental, representadas pela Secretaria de Educação de São José dos Campos (SP). A escolha das experiências ficou a critério da AEB (Agência Espacial Brasileira).
"Entre os fatores que fazem do espaço um lugar tão especial para os experimentos, podemos citar a pressão externa próxima ao vácuo absoluto, grandes variações de temperatura, incidência direta de radiação solar e microgravidade", escreveu Marcos Pontes.
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Efeito da microgravidade na cinética das enzimas:
Instituição: Centro Universitário da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial)
Objetivo: Estudar o efeito da microgravidade na cinética em três enzimas que têm grande uso na indústria química, de alimentos e farmacêutica.
Danos e reparos do DNA na microgravidade: 
Instituição: UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
Objetivo: Descobrir a influência da radiação sobre as atividades que ocorrem no interior das células humanas na baixa gravidade. Os resultados podem ajudar na prevenção dos danos causados aos astronautas no ambiente espacial. 
Teste de evaporadores capilares em ambiente de microgravidade: 
Instituição: UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)
Objetivo: Desenvolver e aperfeiçoar o conhecimento de controle térmico para satélites.
 
Minitubos de calor: 
Instituição: UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)
Objetivo: Comprovar a eficácia do dispositivo de transferência de calor em ambientes de microgravidade. Com isso, os minitubos poderão ser utilizados no espaço, no controle de temperatura de componentes eletrônicos.

Germinação de sementes em microgravidade:
Instituição: Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Cenargen (Unidade Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia)
Objetivo: Ampliar o conhecimento sobre as sementes da espécie Astronium fraxinifolium, com o intuito de melhorar as técnicas para a preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. 

Nuvens de interação protéica: 
Instituição: Cenpra (Centro de Pesquisas Renato Archer), do Ministério de Ciência e Tecnologia
Objetivo: Aprimoramento de técnicas para a obtenção de medicamentos de ação mais rápida, além de identificação de microorganismos causadores de doenças em reservatórios de abastecimento de água.
 
Germinação de sementes de feijão: 
Instituição: Secretaria de Educação de São José dos Campos (SP)
Objetivo: Estimular e engajar estudantes - que acompanharão o desenvolvimento das sementes via internet - na participação das possibilidades existentes em pesquisas espaciais.
 
Cromatografia da clorofila: 
Instituição: Secretaria de Educação de São José dos Campos (SP)
Objetivo: Estimular e engajar estudantes - que também acompanharão o desenvolvimento deste experimento via internet - na participação das possibilidades existentes em pesquisas espaciais.
 

Como Foi o Lançamento (Imagens da Roscosmos)

A "Missão Centenário" teve início às 8h29 do dia 30/03/2006 (23h29 da quarta em Brasília), conforme o previsto. O tenente coronel Marcos Pontes, 43, partiu rumo à ISS (Estação Espacial Internacional) a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, que decolou da base de lançamento Baikonur, no Cazaquistão.
A nave russa Soyuz TMA-8 demora cerca de dois dias para chegar à ISS e pouco mais de três horas para voltar à Terra. Entenda por que a ida é bem mais demorada:
A Trajetória da Missão
A "Missão Centenário" teve dez dias de duração. Confira a trajetória da nave nave russa Soyuz TMA-8, que levou o astronauta Marcos Pontes à Estação Espacial Internacional e o trouxe de volta à Terra.


Chegada na Estação Espacial
Após esperar quase duas horas, o tenente coronel Marcos Pontes e os demais integrantes da "Missão Centenário" conseguiram entrar na ISS, por volta das 3h do dia 1º de abril.
Pontes foi o primeiro a sair da nave russa Soyuz TMA-8, que transportou a tripulação até a estação, e abraçou o russo Valeri Tokariov e o norte-americano William McArthur, que devem voltar à Terra com ele em oito dias. Sorridente, Pontes carregava e exibia a bandeira brasileira.

Durante a apresentação da equipe, Pontes recebeu uma mensagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que felicitou o brasileiro e os demais integrantes da nave. "Pontes, bola pra frente !", disse Lula ao astronauta, que agradeceu.

A Soyuz acoplou-se com sucesso à Estação Espacial Internacional, por volta de 1h18 deste do dia 1° de abril, no horário de Brasília.

A tripulação da nave teve de esperar cerca de uma hora e meia para checagem de sistemas e para a pressão interna da nave se equiparar com a da estação. Além de renovar a tripulação, a missão levou à ISS uma grande provisão de mantimentos, equipamentos e experimentos científicos.
 
O cosmonauta Marcos Pontes aproveitou para responder, em entrevista ao "Jornal Nacional" logo após chegar na Estação Espacial, aos críticos do Programa Espacial Brasileiro, cuja missão custou US$ 10 milhões aos cofres públicos brasileiros.

"É o início de uma nova era para a gente no Brasil. Nós temos, através dessa missão, a abertura de novas fronteiras, tanto para o vôo tripulado, quanto para outros vôos e experimentos a bordo da Estação Espacial Internacional. Eu espero que os resultados irão demonstrar a viabilidade e a necessidade desse tipo de ação do programa espacial brasileiro. Eu espero contar com esses cientistas [os críticos] para que eles utilizem essa nova abertura, esse novo laboratório", disse Pontes.

Na entrevista, Pontes fez uma breve descrição das tarefas de cada um dos tripulantes a bordo da nave russa Soyuz TMA-8 e disse que o comandante coordena todas as operações a bordo. Já na ISS, sua tarefa é executar as oito experiências brasileiras e ajudar nas operações gerais do grupo.
 
O Traje Espacial de Pontes
O traje russo Sokol que foi vestido por Marcos Pontes durante a decolagem e retorno à Terra. Veja detalhes sobre esta peça.


A Volta para Casa em Segurança
A Nave Soyuz TMA-7, que trouxe o astronauta Marcos Pontes e seus dois colegas de volta à Terra, fez um pouso bem-sucedido às 20h48 do sábado dia 08/04/2006 (horário de Brasília) nas imediações da cidade de Arkalyk (Cazaquistão). A viagem de retorno teve início às 17h30, quando a Soyuz desacoplou da ISS (Estação Espacial Internacional).
Depois de retirado da cápsula, o primeiro astronauta brasileiro apareceu sorridente, ainda com o traje espacial Sokol. Assim como fez durante sua estada na ISS, ele segurava uma bandeira do Brasil.

Os astronautas foram examinados por profissionais de uma equipe de resgate, que montaram uma tenda portátil no local do pouso. Segundo a Nasa TV, os primeiros testes indicaram que o estado de saúde dos três é "muito bom".

Os astronautas que acompanharam o brasileiro na viagem de retorno, o russo Valeri Tokariov e o norte-americano William McArthur,  passaram cerca de seis meses na ISS, em um ambiente de microgravidade.

"Na volta, parece que você está sendo puxado para o chão, os olhos giram um para cada lado e as pernas ficam tremendo quando você tenta ficar em pé", explicou o general Valery Korzun, primeiro vice-comandante do Centro Yuri Gagarin de Treinamento de Cosmonautas (Moscou).

Os astronautas seguem de helicóptero para Kustanay, no Cazaquistão, onde concedem uma entrevista coletiva. Na seqüência, embarcam em um avião militar russo rumo a Moscou.
 
Como não havia um local específico definido para o pouso, a equipe de resgate seguiu a nave logo depois de sua reentrada na atmosfera. Um sinalizador da Soyuz facilitou a realização deste monitoramento, deixando no céu um rastro como o dos cometas.

A equipe de resgate contava com nove helicópteros russos MI-8 e três carros especiais "capazes de andar até na Lua". Estes veículos terrestres seriam utilizados caso os helicópteros não conseguissem se aproximar do local de pouso.