segunda-feira, 31 de março de 2014

OS PLANETAS ANÕES

O Sistema Solar é constituido por vários planetas anões:
 
PlutãoÉris Ceres. (os primeiros a ser classificados como tal).
Makemake (formalmente designado em Julho de 2008, pela União Astronómica Internacional)
Haumea (confirmado como planeta anão a partir de 18 de Setembro de 2008).
 
 
 
PLUTÃO

   Até 2006, Plutão foi considerado um planeta principal do Sistema Solar, mas a descoberta recente de vários corpos de tamanho semelhante e, em alguns casos, maiores, no Cinturão de Kuiper, fez com que a União Astronómica Internacional (U.A.I.) decidisse, em 24 de Agosto de 2006, considerá-lo um planeta anão, juntamente com Éris e Ceres, o maior dos asteróides. Plutão é agora visto como o primeiro de uma categoria de objectos trans-neptunianos e foi-lhe atribuído o número 1340340 no catálogo de planetas menores.
 
   A descoberta do seu satélite Caronte, em 1978, permitiu a determinação da massa do sistema Plutão-Caronte, por meio da simples aplicação da fórmula newtoniana da 3.ª lei de Kepler. O diâmetro de Plutão foi finalmente calculado, sendo equivalente a menos de 0,2 do da Lua. As características físicas de Plutão são, em grande parte, desconhecidas, porque ainda não recebeu a visita de uma nave espacial e a distância a que se encontra da Terra dificulta investigações mais detalhadas. Actualmente a sonda da NASA "New Horizons" (a mais veloz até hoje construída pelo homem) dirige-se para Plutão, cuja atmosfera vai investigar em 2015.
 
 

 
ÉRIS
 
   É conhecido oficialmente como 136199 Eris, é um planeta anão nos confins do sistema solar, numa região do sistema solar conhecida como disco disperso. É o maior planeta-anão do sistema solar e quando foi descoberto, ficou desde logo informalmente conhecido como o "décimo planeta", devido a ser maior que o então planeta Plutão.
   Éris tem um período orbital de cerca de 560 anos e encontra-se a cerca de 97 Unidades Astronómicas (UA) do Sol (uma UA equivale a cerca de 150 milhões de quilómetros), em seu afélio. Como Plutão, a sua órbita é bastante excêntrica, e leva o planeta a uma distância de apenas 35 UA do Sol no seu periélio (a distância de Plutão ao Sol varia entre 29 e 49,5 UA, enquanto que a órbita de Neptuno fica por cerca de 30 UA).
 
 
CERES
   É um planeta anão que se encontra na cintura de asteróides, entre Marte e Júpiter. Tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço que se encontra nessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço da massa total da cintura de asteróides.
   Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo do nosso planeta, pouco se sabe sobre Ceres.
   A sua classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado como um asteróide por mais de 150 anos.
   No início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteróides comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de 4 600 milhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família Ceres de asteróides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de "família Gefion de asteróides".
 
 

 
 
HAUMEA
 
 
   Haumea, antes conhecido astronomicamente como 2003 EL61, é um planeta anão do tipo plutóide, localizado a 43,3 UA do Sol, ou seja um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra ao Sol, em pleno Cinturão de Kuiper. Haumea possui dois pequenos satélites naturaisHi?iaka e Namaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram de Haumea devido a uma antiga colisão. Haumea é um plutóide com características pouco comuns, tais como a sua rápida rotação, elongação extrema ealbedo elevado devido a gelo de água cristalina na superfície. Pensa-se, também, tratar-se do maior membro de uma família de destroços criados num único evento destrutivo.
Apesar de ter sido descoberto em dezembro de 2004, só em 18 de setembro de 2008 é que se confirmou tratar-se de um planeta anão, recebendo então o nome da deusa havaiana do nascimento e fertilidade.
 
 
 
 
MAKEMAKE
 
 
Planeta anão Makemake - Também designado um plutóide
   Makemake é o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar e um dos maiores corpos do Cinturão de Kuiper.  O seu diâmetro é de cerca de três-quartos do de Plutão. Não possui satélites conhecidos, o que o torna singular entre os corpos maiores do Cinturão. A sua superfície é coberta por gelo de metano e, possivelmente, de etano, devido à baixíssima temperatura média (cerca de 240 ºC negativos).
   De início conhecido como 2005 FY9 (e antes disso, provisoriamente, como "coelhinho da Páscoa"), Makemake foi descoberto em 31 de Março de 2005 por uma equipa chefiada por Michael Brown. O facto foi anunciado em 29 de Julho de 2005. Posteriormente, a 11 de Junho de 2008, a União Astronómica Internacional (UAI) incluiu-o em sua lista de candidatos potenciais ao status de plutóide, uma denominação para planetas anões além da órbita de Neptuno que incluía então apenas Plutão e Éris. Makemake foi formalmente designado um plutóide em Julho de 2008.
   Makemake recebeu o nome do criador mítico da humanidade segundo os rapanui, nativos da ilha de Páscoa

quinta-feira, 27 de março de 2014

FURACÃO CATARINA


10 anos do evento meteorológico mais importante de SC

27 de março de 2014 0
Exatamente num dia 27 de março, lá em 2004, o estado passava pelo seu maior pesadelo em relação a eventos extremos do tempo. Hoje faz 10 anos que o primeiro furacão do Atlântico Sul, o CATARINA, entrou no sul do estado.
O furacão se originou de um ciclone extratropical como vários que passam pelo litoral ao longo dos anos. No entanto, foi a partir do dia 26 de março de 2004 que este ciclone começou a intrigar meteorologistas de todo o mundo. Neste dia o tão ciclone extratropical assumiu uma forma circular associado a um “olho” típico de furacão com deslocamento do mar para a costa, deslocamento este completamente fora dos padrões dos sistemas meteorológicos na nossa região.
catarina

CRONOLOGIA DO CATARINA
Dia 27 de março de 2004:
- Por volta das 19h50min: chuva entre o litoral sul catarinense e o litoral norte gaúcho com vento sul apresentando rajadas de aproximadamente 50 km/h;
- Por volta das 22h48min: chuva muito forte e vento intenso já provocando destelhamentos e alagamentos da água do mar;

Dia 28 de março de 2004:
- Por volta da 1h: o vento sul ganha força chegando a casa de 100 km/h de maneira constante apresentando rajadas de até 120 km/h. A partir deste momento o primeiro furacão da nossa história estava sobe o continente  com a sua primeira fase. A chuva foi aumentando de intensidade e o mar avançando cerca de 70 metros;
- Por volta da 1h15min: o olho do furacão passa, ou seja, os ventos e a chuva param de uma hora para outra. No céu nada de nuvens e muitas estrelas. O mais interessante: a temperatura aumenta, faz calor;
- Por volta das 2h48min: o olho do furacão se afasta e o vento passa para norte aumentando rapidamente com rajadas que chegam próximas dos 180 km/h. O barulho do vento era igual a de uma turbina de avião. A temperatura volta a diminuir. Chove muito forte diminuindo para aproximadamente 15 metros a visibilidade. Estamos dentro da segunda fase do furacão;
- Por volta dos 3h15min: a chuva começa a diminuir e o vento norte baixa para 150 km/h;
- Por volta das 4h30min:  vento na casa de 80 km/h;
- Por volta das 7h: praticamente sem vento com a dissipação do furacão sobre o continente.

Depois de aproximadamente 12h de vento muito forte, termina o furacão Catarina!!

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A intensidade do Catarina

27 de março de 2014 0
Todo furacão é classificado através de uma escala chamada de Saffir-Simpson. Ela é de 1 a 5 dentro das seguintes características:
FURACÃO 1: 119 a153 km/h
FURACÃO 2:  154 a177 km/h
FURACÃO 3: 178 a 209 km/h
FURACÃO 4: 210 a249 km/h
FURACÃO 5: acima de 250 km/h
Além da velocidade um furacão pode ser classificado pela destruição que provoca. Na região do Catarina tivemos grandes árvores derrubadas, casas de alvenaria, destruição completa de casas de madeira e presença de muitos projéteis.
Este tipo de dano e a velocidade observada fizeram do Catarina um furacão 2 nas primeiras cidades onde ele passou, ou seja, cidades litorâneas como Bal. Arroio do Silva, Bal, Gaivota, Passo de Torres e Sombrio.
O mapa abaixo mostra os pontos atingidos em SC de acordo com a intensidade:
imagem

RARIDADE DO CATARINA 
Um dos combustíveis para intensificação de um furacão é a temperatura da água do oceano. O furacão se alimenta do calor destas águas que devem, na teoria, estarem próximas dos 27ºC. Aqui na costa do sul do Brasil normalmente a temperatura é menor afastando, até o Catarina, a possibilidade de um furacão. No entanto, naquele março de 2004 tínhamos temperatura bem próxima dos 27ºC nas águas entre litoral sul de SC e o litoral norte do RS.
Com toda certeza para a meteorologia o Catarina foi um fenômeno raro e atípico, sob qualquer ponto de vista, ou seja, ele mudou o paradigma sobre furacões no Atlântico Sul.  Trabalhos científicos que foram feitos após mostram que em simulações com modelos climáticos globais que num planeta mais aquecido, aquecimento global, poderia haver um número maior de sistemas meteorológicos como ciclones no Atlântico Sul.
Outros trabalhos mostram que  o desenvolvimento do Catarina pode estar associado ao aquecimento global causado pelo efeito estufa. Os resultados de experimentos numéricos realizados em centros de meteorologia indicam, que o sul do Brasil é uma região com possibilidade de no futuro se formem furacões.
O QUE MUDOU NO BRASIL EM TERMOS DE PREVISÃO PARA FURACÃO?
Se hoje tivéssemos um outro furacão em termos de tecnologia teríamos muito pouco avanço. Infelizmente o Catarina não serviu de exemplo para avanços e investimentos no monitoramento do oceano que banha a nossa costa. Hoje teríamos as imagens de satélite, que é uma ferramenta que traz muito pouco diante da gravidade, e a experiência dos meteorologistas brasileiros que já tiveram um caso para estudo. Importante destacar que se hoje tivéssemos um outro furacão teríamos condição de trazer boa informação para a população, mas com certeza só a partir da parceria com institutos internacionais, sobretudo com o Centro Americano de Previsão de Furações, teríamos requinte de informação.

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