Exatamente num dia 27 de março, lá em 2004, o estado passava pelo
seu maior pesadelo em relação a eventos extremos do tempo. Hoje faz 10
anos que o primeiro furacão do Atlântico Sul, o CATARINA, entrou no sul
do estado.
O furacão se originou de um ciclone extratropical como vários que passam pelo litoral ao longo dos anos. No entanto, foi a partir do dia 26 de março de 2004 que este ciclone começou a intrigar meteorologistas de todo o mundo. Neste dia o tão ciclone extratropical assumiu uma forma circular associado a um “olho” típico de furacão com deslocamento do mar para a costa, deslocamento este completamente fora dos padrões dos sistemas meteorológicos na nossa região.
CRONOLOGIA DO CATARINA
Dia 27 de março de 2004:
- Por volta das 19h50min: chuva entre o litoral sul catarinense e o litoral norte gaúcho com vento sul apresentando rajadas de aproximadamente 50 km/h;
- Por volta das 22h48min: chuva muito forte e vento intenso já provocando destelhamentos e alagamentos da água do mar;
Dia 28 de março de 2004:
- Por volta da 1h: o vento sul ganha força chegando a casa de 100 km/h de maneira constante apresentando rajadas de até 120 km/h. A partir deste momento o primeiro furacão da nossa história estava sobe o continente com a sua primeira fase. A chuva foi aumentando de intensidade e o mar avançando cerca de 70 metros;
- Por volta da 1h15min: o olho do furacão passa, ou seja, os ventos e a chuva param de uma hora para outra. No céu nada de nuvens e muitas estrelas. O mais interessante: a temperatura aumenta, faz calor;
- Por volta das 2h48min: o olho do furacão se afasta e o vento passa para norte aumentando rapidamente com rajadas que chegam próximas dos 180 km/h. O barulho do vento era igual a de uma turbina de avião. A temperatura volta a diminuir. Chove muito forte diminuindo para aproximadamente 15 metros a visibilidade. Estamos dentro da segunda fase do furacão;
- Por volta dos 3h15min: a chuva começa a diminuir e o vento norte baixa para 150 km/h;
- Por volta das 4h30min: vento na casa de 80 km/h;
- Por volta das 7h: praticamente sem vento com a dissipação do furacão sobre o continente.
Depois de aproximadamente 12h de vento muito forte, termina o furacão Catarina!!
O furacão se originou de um ciclone extratropical como vários que passam pelo litoral ao longo dos anos. No entanto, foi a partir do dia 26 de março de 2004 que este ciclone começou a intrigar meteorologistas de todo o mundo. Neste dia o tão ciclone extratropical assumiu uma forma circular associado a um “olho” típico de furacão com deslocamento do mar para a costa, deslocamento este completamente fora dos padrões dos sistemas meteorológicos na nossa região.
CRONOLOGIA DO CATARINA
Dia 27 de março de 2004:
- Por volta das 19h50min: chuva entre o litoral sul catarinense e o litoral norte gaúcho com vento sul apresentando rajadas de aproximadamente 50 km/h;
- Por volta das 22h48min: chuva muito forte e vento intenso já provocando destelhamentos e alagamentos da água do mar;
Dia 28 de março de 2004:
- Por volta da 1h: o vento sul ganha força chegando a casa de 100 km/h de maneira constante apresentando rajadas de até 120 km/h. A partir deste momento o primeiro furacão da nossa história estava sobe o continente com a sua primeira fase. A chuva foi aumentando de intensidade e o mar avançando cerca de 70 metros;
- Por volta da 1h15min: o olho do furacão passa, ou seja, os ventos e a chuva param de uma hora para outra. No céu nada de nuvens e muitas estrelas. O mais interessante: a temperatura aumenta, faz calor;
- Por volta das 2h48min: o olho do furacão se afasta e o vento passa para norte aumentando rapidamente com rajadas que chegam próximas dos 180 km/h. O barulho do vento era igual a de uma turbina de avião. A temperatura volta a diminuir. Chove muito forte diminuindo para aproximadamente 15 metros a visibilidade. Estamos dentro da segunda fase do furacão;
- Por volta dos 3h15min: a chuva começa a diminuir e o vento norte baixa para 150 km/h;
- Por volta das 4h30min: vento na casa de 80 km/h;
- Por volta das 7h: praticamente sem vento com a dissipação do furacão sobre o continente.
Depois de aproximadamente 12h de vento muito forte, termina o furacão Catarina!!
FURACÃO 1: 119 a153 km/h
FURACÃO 2: 154 a177 km/h
FURACÃO 3: 178 a 209 km/h
FURACÃO 4: 210 a249 km/h
FURACÃO 5: acima de 250 km/h
Além da velocidade um furacão pode ser classificado pela destruição que provoca. Na região do Catarina tivemos grandes árvores derrubadas, casas de alvenaria, destruição completa de casas de madeira e presença de muitos projéteis.
Este tipo de dano e a velocidade observada fizeram do Catarina um furacão 2 nas primeiras cidades onde ele passou, ou seja, cidades litorâneas como Bal. Arroio do Silva, Bal, Gaivota, Passo de Torres e Sombrio.
O mapa abaixo mostra os pontos atingidos em SC de acordo com a intensidade:
RARIDADE DO CATARINA
Um dos combustíveis para intensificação de um furacão é a temperatura da água do oceano. O furacão se alimenta do calor destas águas que devem, na teoria, estarem próximas dos 27ºC. Aqui na costa do sul do Brasil normalmente a temperatura é menor afastando, até o Catarina, a possibilidade de um furacão. No entanto, naquele março de 2004 tínhamos temperatura bem próxima dos 27ºC nas águas entre litoral sul de SC e o litoral norte do RS.
Com toda certeza para a meteorologia o Catarina foi um fenômeno raro e atípico, sob qualquer ponto de vista, ou seja, ele mudou o paradigma sobre furacões no Atlântico Sul. Trabalhos científicos que foram feitos após mostram que em simulações com modelos climáticos globais que num planeta mais aquecido, aquecimento global, poderia haver um número maior de sistemas meteorológicos como ciclones no Atlântico Sul.
Outros trabalhos mostram que o desenvolvimento do Catarina pode estar associado ao aquecimento global causado pelo efeito estufa. Os resultados de experimentos numéricos realizados em centros de meteorologia indicam, que o sul do Brasil é uma região com possibilidade de no futuro se formem furacões.
O QUE MUDOU NO BRASIL EM TERMOS DE PREVISÃO PARA FURACÃO?
Se hoje tivéssemos um outro furacão em termos de tecnologia teríamos muito pouco avanço. Infelizmente o Catarina não serviu de exemplo para avanços e investimentos no monitoramento do oceano que banha a nossa costa. Hoje teríamos as imagens de satélite, que é uma ferramenta que traz muito pouco diante da gravidade, e a experiência dos meteorologistas brasileiros que já tiveram um caso para estudo. Importante destacar que se hoje tivéssemos um outro furacão teríamos condição de trazer boa informação para a população, mas com certeza só a partir da parceria com institutos internacionais, sobretudo com o Centro Americano de Previsão de Furações, teríamos requinte de informação.
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