terça-feira, 8 de abril de 2014

Estação Espacial Internacional ( ISS )

Estação Espacial Internacional

Símbolo oficial

A ISS em sua configuração final vista sobrevoando Brasília. Vê-se claramente o plano piloto da cidade e o lago Paranoá. Concepção artística cortesia da NASA.
Trata-se da maior obra de engenharia da história. Sozinha ela já representa uma nova era na astronáutica. Dezesseis nações trabalham juntas para construir a Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS na sigla em inglês), a mais avançada plataforma de pesquisa espacial já construída.

Vários módulos já estão no espaço e desde já espera-se garantir uma permanência humana constante no espaço. A Rússia desempenhou fundamental. Os valiosos anos de experiência da Estação Mir foram decisivos.
ISS, vista expandida: principais módulos e seus construtores.
Seqüência de montagem
A CONSTRUÇÃO EM ÓRBITA DA TERRA começou em 1988 e precisou de mais de 40 lançamentos somente dos ônibus espaciais. Ela agora está completa. A estação tem uma massa de 454 toneladas e quase 90 m de comprimento por 43 de altura, sem considerar a extensão dos painéis solares. O espaço destinado à habitação tem um volume equivalente ao interior de dois aviões 747.

Pelo menos três veículos de transporte, o ônibus espacial, a nave russa Soyuz e o foguete russo Próton se encarregaram da montagem dos diversos componentes da estação espacial em órbita de Terra.

O primeiro vôo foi de um foguete russo Próton em 20 novembro de 1998, colocando em órbita o módulo Zarya. O segundo vôo ocorreu em 4 de dezembro daquele ano, com a missão de STS-88 do ônibus espacial Endeavour, que integrou o módulo Unit ao Zarya, iniciando a seqüência de montagem da ISS. A primeira tripulação permanente partiu em 31 de outubro de 2000, a bordo de um foguete Soyuz.
Construindo uma casa no espaço
Clique na imagem à direita para assistir um filme
mostrando a seqüência de montagem da ISS.
A órbita da ISS é inclinada 51,6° em relação à linha do equador e sua altitude é de 402 km. Sua órbita é tal que a estação pode ser facilmente alcançada por veículos espaciais lançados por todos os países participantes, possibilitando também uma excelente observação da Terra, cobrindo 85% da superfície terrestre e sobrevoando 95% da população mundial.
A área em azul mostra as regiões de onde
a estação pode ser vista.
Benefícios
EM ÓRBITA, OS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS ESTÃO LIVRES da pressão exercida pela gravidade terrestre. Como resultado, tratamentos de câncer podem ser testados em culturas de células vivas sem riscos para os pacientes. A microgravidade também será útil no desenvolvimento de diversos outros tipos de medicamentos, além da obtenção de novos materiais, como ligas metálicas mais leves e fortes e chips de computador mais poderosos.

Alguns experimentos terão lugar do lado de fora da estação, onde os efeitos da exposição ao severo meio espacial (como temperaturas extremas, altas doses de radiação e impacto de micrometeoritos) serão verificados em diferentes materiais e elementos fluidos. Observações da Terra permitirão o acompanhamento mais detalhado das mudanças climáticas e o controle dos impactos causados pela influência humana no meio ambiente. Novos empregos indiretos serão criados.
Parceiros
FOI EM 1988 QUE RONALD REAGAN, então presidente dos EUA, deu a estação o nome Freedom (Liberdade). Nos anos seguintes o Congresso americano forçou cortes no orçamento original e, em 1993, o presidente William Clinton sugeriu maior participação internacional no projeto, que foi então redesignado como Estação Alpha.

Quando os russos passaram a ser os principais fornecedores de elementos para a estação, ela finalmente ficou conhecida como International Space Station, ISS. De fato, a estação resulta atualmente do esforço conjunto de 15 nações, listadas a seguir.
  •  Alemanha
  •  Bélgica
  •  Canadá
  •  Dinamarca
  •  Espanha
  •  Estados Unidos
  •  França
  •  Holanda
  •  Itália
  •  Japão
  •  Noruega
  •  Reino Unido
  •  Rússia
  •  Suécia
  •  Suíça
Cortesia: NASA Human Spaceflight
Concepção do braço remoto
canadense montado na ISS.
Os Estados Unidos são responsáveis pelo desenvolvimento de vários sistemas de bordo, como o suporte à vida, o controle térmico, a navegabilidade e os sistemas de comunicação e dados, além de três módulos de conexão.

Os russos também contribuem com dois módulos de pesquisa e um módulo habitacional com todo equipamento necessário ao suporte à vida, além de plataformas para instalação de painéis solares e os fundamentais veículos de transporte, como a nave Soyuz, que serve ao transporte das tripulações.

O Canadá forneceu um braço remoto de 47 metros de comprimento, semelhante ao atualmente em uso pelos ônibus espaciais, e os europeus também forneceram laboratórios pressurizados, entre outros equipamentos.
A fracassada participação brasileira
EM DEZEMBRO DE 1996 A AGÊNCIA ESPACIAL norte-americana (NASA), convidou o Brasil para participar da construção da ISS. Em setembro do ano seguinte, após várias visitas de missões da NASA ao Brasil e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aos Estados Unidos, o Conselho Superior da AEB aprovou o programa de cooperação.

O Brasil deveria fornecer equipamentos e serviços em troca dos direitos de utilização da estação durante toda sua vida útil. Segundo o acordo firmado, o Brasil deveria cooperar com serviços de logística, manutenção e reparos.

Se bem aproveitado, teria sido uma oportunidade única para elevar o patamar técnico, tanto dos profissionais do INPE/AEB, quanto das universidades e centros de pesquisa envolvidos. As indústrias engajadas no programa seriam igualmente qualificadas, devido às exigências impostas aos fornecedores de equipamentos para missões espaciais tripuladas.

No entanto, o país hoje está definitivamente fora do projeto de construção da Estação Espacial Internacional. O não cumprimento do acordo, sob a gerencia do Governo Lula, afastou vergonhosamente o país dessa oportunidade ímpar. Após quase dez anos sem nunca ter contribuído com um único parafuso para a ISS, o Brasil perdeu definitivamente a chance de assinar seu nome na lista de fabricantes dessa incrível estação orbital.

acesso em 08\04\2014 . http://www.zenite.nu/

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